Por: Capital 95 | 2025-12-15
O primeiro dia de greve dos motoristas do Consórcio Guaicurus afetou diretamente a rotina – e o bolso – dos usuários que dependem exclusivamente do transporte público em Campo Grande. Para trabalhar, muitos desembolsaram mais de R$ 30 reais. Este também será o valor pago por aqueles que, na volta, optarem por aplicativos de mobilidade.
A continuidade da greve nesta terça-feira (17) preocupa quem não sabe como conseguirá arcar financeiramente com aplicativos de mobilidade para chegar ao trabalho. É o caso do comerciante João Carlos, de 22 anos. O jovem mora no bairro Nova Lima e trabalha no centro da Capital.
“Tive que vir de Uber de manhã, mas também foi bem difícil achar, porque a cidade inteira está sem ônibus. Foi difícil achar pra vir trabalhar e agora está sendo difícil pra voltar pra casa”, lamenta.
João Carlos explica que pagou R$ 30 para se locomover até o trabalho. Para voltar, o valor cobrado é ainda maior: R$ 40. Para conseguir economizar, o comerciante optou por voltar com um mototaxista.
“Estou aqui esperando vai fazer 1 hora. A greve continuando, não terei como ir trabalhar, vou ficar tirando dinheiro do bolso? A empresa disponibiliza passe, transporte pra gente. Mas como a gente vai usar se não tem ônibus na cidade? Estou tirando do bolso, do que não tenho, na verdade”, pontua.
Sônia Siqueira, de 53 anos, mora no bairro Santa Emília e também trabalha no centro da cidade. Normalmente, para se deslocar até a casa em que trabalha, Sônia paga R$ 18 na corrida. Nesta segunda, precisou desembolsar R$ 45. O valor seria o mesmo para retornar, por isso, contará com carona.
“Não posso pagar mais R$ 45 para ir embora. Em questão da greve dos motoristas, eles estão certos, porque eles trabalham, eles são pais de família, eles têm os compromissos deles também como qualquer um de nós temos os nossos compromissos. Então, que o Consórcio Guaicurus venha resolver o mais rápido esse problema porque afeta a população que depende do ônibus”, aponta.
